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Gibran – essa voz do Líbano…

Gibran Khalil Gibran

[vc_row][vc_column][vc_column_text]A “pérola do oriente”, como o Líbano era conhecido antes dos anos de guerra destruidora, reúne uma história que remonta a mais de 5000 anos, como o demonstrou o eminente historiador árabe Jawad Boulos. Já Henrique Paulo Bahiana, no livro “O Líbano Eterno”, nos informa que a palavra “Líbano” parece provir do hebraico “leben”, que significa “branco”. De qualquer forma, o fato é que esta terra maravilhosa, cujos cedros majestosos tornaram-se famosos no mundo todo, legou-nos uma série de personagens importantes, que conquistaram renome em todos os continentes. E entre eles veio Gibran Khalil Gibran, certamente a mais brilhante pérola do Líbano contemporâneo.

Gibran nasceu em 6 de dezembro de 1883 em Bisharre, aldeia da região norte do Líbano, circundada por cumes nevados e pelos inexoráveis cedros. Aos 11 anos foi enviado aos Estados Unidos, retornando à pátria três anos depois para completar seus estudos. Voltou em definitivo aos EUA poucos anos após, onde iria permanecer até seu falecimento. Desde cedo Gibran revelou-se uma criança extraordinária, o que fez sua mãe dizer: “Meu filho está fora da Psicologia”. Com raras qualidades artísticas inatas, destacou-se na pintura e na literatura, criando um estilo literário inteiramente novo e ousado em sua terra. Suas ideias filosóficas criaram polêmica, pois estavam carregadas de um brilhante misticismo, que as elevavam acima dos dogmas religiosos.

Quando se instalou em definitivo nos EUA, Gibran iniciou uma carreira artística que é pouco conhecida no mundo. Seu trabalho em pintura é notável em estilo, comportando mesmo genialidade, o que lhe granjeou sucesso nos EUA. Na maioria das vezes em grafite, os desenhos monocromáticos ainda hoje provocam curiosa catarse no público. Sensações de enlevo, mistério, temor e transcendência são experimentados, o que, com a justiça do tempo, colocará Gibran ao lado de outros grandes pintores da história. Muito erudito, esse libanês apaixonado desde os seis anos por Leonardo da Vinci começou a escrever livros. E um deles entraria para a história como um dos mais belos de todos os tempos.

Gibran tinha como maior desejo expressar a Verdade e a Beleza, traçando, assim, um roteiro para a vida do homem. Seu livro “O Profeta”, quando publicado, mostrou ser isso mesmo. Como uma pequena brisa que se transforma em poderosa tempestade, o livro arrebatou, e ainda arrebata, almas no Oriente e no Ocidente, sendo um best-seller há mais de quatro décadas. É considerado um dos livros mais reeditados depois da Bíblia. Tão belo como as melhores obras artísticas que conhecemos, tão simples como a natureza e tão sábio como a Bíblia, o Bhagavad Gita, o Alcorão e outros, “O Profeta” conta a história do sábio Al Musthafa e suas últimas lições à cidade de Orphalese. No livro ainda estão vários desenhos no inimitável estilo místico de Gibran. Sobre essa obra, disse ele: “Se eu puder abrir o coração humano, não terei vivido em vão.”

Do Líbano veio uma voz que, segundo a biógrafa Barbara Young – amiga de Gibran – só surge uma vez a cada 1000 anos. Essa voz morreu em Nova Iorque em 10 de abril de 1931. Uma caravana, primeiro em Nova Iorque e depois no Líbano, a partir de Beirute, acompanhou seu corpo até a sua vila natal, a montanhosa Bisharre. Ali ele repousa hoje, num convento escavado nas rochas, sob a inscrição: “Aqui, entre nós, dorme Gibran”.

 

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